Pessoas de Referência (PR's)

 

Sobre a Função das Pessoas de Referência (PR’s) dos Estados

Inicialmente, quando se pensou a questão da limitação de vagas no EREP, as pessoas de referência (PR’s) surgiram como uma possibilidade de articular de maneira mais integrativa as delegações dos estados em função da limitação de vagas. Assim como a questão da limitação de vagas é polêmica e confusa, a função dessas pessoas de referência também se tornou progressivamente mais importante, delicada, e inclusive problemática.

Por isso, algumas coisas devem ser pontuadas para esclarecimento e desmistificação da função da PR na articulação da delegação de qualquer estado. Primeiro, é importante que a PR exista para articular as discussões e movimentação dos espaços conhecidos como Pré-EREPs (encontros preparatórios para o EREP, onde são discutidos o tema do encontro, temas gerais de conjuntura nacional, debates sobre realidades dos cursos, articulação de protestos e manifestações de toda sorte em função da realidade de cada curso, discutir como a delegação vai para o encontro, delegação de responsabilidades entre os estudantes, pensar na articulação entre as Faculdades de Psicologia do estado; enfim, um espaço muito massa de movimentação estudantil). Portanto, a PR deve puxar esses espaços, e não é de maneira alguma uma pessoa soberana que dará a palavra final sobre as questões discutidas. As deliberações são tiradas pelo coletivo que está se reunindo em cada estado e a PR faz uma ponte com a organização do EREP. A PR é um(a) estudante como qualquer outro(a), e não tem poderes ditatoriais. O que a diferencia é que, por vezes, ela tem acesso a mais informações (por estar acompanhando a lista de e-mails, estar nas reuniões virtuais, estar sempre em contato com a coerep e etc. Vale lembrar que esses espaços também são abertos a participação de todos).

A PR é uma pessoa que se voluntariou para realizar essa função. Não foi eleita por ninguém e, portanto, não está representando ninguém. É uma pessoa de contato com/pra cada estado. Mas você pode perguntar: e com a limitação de vagas, quem vai decidir quem vai e quem não vai? Bom, a resposta para essa questão não é simples, mas o que já se fez, e dá certo, nos casos em que isso foi preciso, é destinar essa decisão ao coletivo, em um espaço, que pode ser o pré-erep, que decide a lista final da delegação. E essa lista é entregue à PR. O que temos certeza é que a PR não decidirá quem vai ou quem não vai, a PR apenas entrega a lista final da delegação para a organização, e essa decisão deve ser tomada pelo coletivo, registrada em ata, bem bonitinho. Mas quem é o coletivo? Respeitadas as especificidades de cada local, o coletivo, por exemplo, são aquelas pessoas que estão se reunindo nos pré-ereps, que estão a frente de algo que foi tirado nesse espaço; enfim, são as pessoas que estão se movimentando para articular o estado. Vejam bem, jovens coleguinhas, o ESTADO, e não apenas a capital ou apenas uma faculdade, beleza??

Sobre os critérios de quem vai ou não (esse construção é terrível, mas enquanto não achamos uma melhor essa é a mais clara), fica a cargo da realidade de cada estado. Como exemplos de critérios adotados em momentos anteriores, temos “apresentação de trabalhos, nunca ter ido ao EREP, estar na articulação de transporte (comissão do ônibus), articulação de ajuda de custo, participação nos pré-ereps, número de vagas por faculdade em distribuição igualitária, etc. Esses critérios, isoladamente ou combinados, e podendo ser repensados e acrescentados outros mais, como foi o caso do Ceará em 2007, podem ajudar o coletivo a definir a lista final de seu estado. O que não queremos é que alguém que não esteja participando das articulações se inscreva antecipadamente, ou quem pode pagar antecipadamente tenha prioridade e por isso a decisão final fica a cargo do coletivo do estado. Os estados têm autonomia, sim, pra definir os critérios mais adequados à sua realidade, mas claro, nunca esquecendo dos princípios erepianos.

Pode ter mais de uma PR por estado? Sim, pode e até deve, dependendo da dificuldade e da distância entre as faculdades. O que fica complicado é que essas pessoas não se comuniquem, não pensem os espaços de pré-ereps em conjunto. Em cidades em que há mais de uma faculdade, o objetivo é que os pré-ereps sejam unificados e que o local fique revezando de faculdade para faculdade, pois assim se evita a falta de comunicação e se movimenta a cidade, OK?

Acho que o básico é Wilson (é isso)! E dúvidas entrem em contato com a COEREP ou mande um sinal de fumaça pra algum coleguinha do seu estado ou mesmo para a PR!