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Carta de Princípios

 

 CARTA DE PRINCÍPIOS DA COEREP N/NE (2015)

Última atualização em 21 de abril de 2015,

Em dezembro de 2008, em João Pessoa - PB, em uma Reunião Presencial de avaliação do IV e planejamento do V EREP N/NE, o grupo de estudantes ali presente consensuou que se faz necessário um resultado sistematizado da discussão sobre os princípios deste grupo. Notou-se que, muitas vezes o que por algumas e alguns parecia óbvio desde sempre, para outros nem tanto assim, o que provocava alguns ruídos na comunicação dificultando o andamento dos trabalhos do grupo.  

Além disso, para aquelas e aqueles que estavam chegando, ficava bastante complicado entender a dinâmica de funcionamento do grupo e a que ele se propõe. Compreendemos que a construção conjunta de um texto com os princípios deste atual coletivo e sua divulgação, poderia despertar o interesse de novas pessoas em conhecê-lo mais de perto e optar por fazer parte dele, ou não; bem como se sensibilizar pra contribuir com a mudança contínua dos referidos princípios.

Esse texto, portanto, tem um caráter afirmativo, na medida em que pretende explicitar alguns dos posicionamentos políticos do atual grupo, e também seus interesses ao propor um encontro e movimentação de estudantes de psicologia do Norte e Nordeste. Ele ainda busca desmistificar, pois ao escrever “quem somos” (ou quem estamos sendo) podemos também mostrar um pouco do que “não somos” (ou quem não estamos sendo), nossos limites, nossas margens identitárias e nossos acordos transitórios.

ONDE SOMOS, O QUE SOMOS?

Esta não foi a primeira vez que se pensou em construir essa carta. No entanto, havia o receio por parte de algumas e alguns de que um texto como este pudesse ser identificado como um estatuto, fechado e fixo – algo que tivéssemos que seguir acriticamente, ou que poucas pessoas pudessem ter acesso e alterar. Pensando nisso, e compreendendo a importância de afirmar nossos posicionamentos, consensuamos então que o texto seria construído, desde que houvesse uma constante reformulação e publicização dessas mudanças.

Não queríamos um ‘estatuto’, pois não somos Instituição e a COEREP não possui um caráter representativo.Também não pensamos ser necessário prescrições reguladoras fixas para que tenhamos sentido enquanto coletivo e enquanto estudantes em movimento Nós somos, então, participantes de um movimento que se propõe a articular pessoas. Somos movimento e, enquanto tal, estamos em incessante metamorfose.

A COEREP N Ne surgiu como inquietação de estudantes nortistas e nordestinos com relação à ausência de um movimento estudantil de psicologia que abraçasse as realidades diversas desses territórios. A partir dessa demanda se produziram EREP's N Ne que estavam conseguindo alternar entre essas duas regiões.

No entanto, nos deparamos em Abril de 2015 na 33° Reunião Presencial desse coletivo em Maceió (AL) com uma conjuntura desafiadora: a nossa dimensão nortista foi se diluindo no decorrer dos anos ao ponto de estarmos menos plurais do que gostaríamos.

Ansiamos para que haja essa rotatividade em busca do amadurecimento do movimento estudantil de psicologia em futuras cidades-sede de ambas as regiões. Com isso, almejamos construir novos vínculos e fortalecer os já existentes.

Acreditamos que a cada nova cidade que acolhe o EREP há um aprendizado dos que dele participam. Com o passar do tempo, é bem provável que se repitam sedes na mesma localidade e, num futuro não muito distante, visitaremos lugares que já receberam o encontro, mas como a realidade é bastante mutável, mesmo nas revisitações, algo de diferente se encontrará, pois novos ares existirão, novos estudantes, novas vozes e novas posturas que estarão sendo construídas. O importante é que, a cada mudança de sede, não esqueçamos que somos Norte-Nordeste e o hífen dessa díade não existe por acaso. O espírito de construção conjunta e de aproximação dessas duas regiões do Brasil deve permanecer.

Sobre nós, temos ainda a dizer que não somos todos iguais, aliás, somos muito diferentes. Falamos diferente, temos raízes culturais diferentes, acreditamos em diferentes paradigmas, mas temos alguns princípios que nos unem: fazemos movimento estudantil. E o fazemos, pois acreditamos numa possibilidade de problematização e mudança social. Temos princípios e a não neutralidade como posicionamento.

Não lutamos por igualdade, achamos que esta não dá conta de nossas demandas tão diversas. Temos como princípio a equidade, pois queremos pensar nas especificidades de cada uma e de cada um, queremos que os diferentes sejam tratados com a diferença que é necessária. Como falou Boaventura, "devemos lutar pela igualdade sempre que a diferença nos inferioriza; devemos lutar pela diferença, sempre que a igualdade nos descaracteriza." (Boaventura de Souza Santos)

E, por tudo isso, compreendemos que fazemos um movimento contra hegemônico. Mas você pode perguntar: contra hegemônico a quê e a quem? Para citar alguns exemplos: nascemos enquanto movimento contra hegemônico à verticalização do movimento estudantil (onde só participa quem foi eleito, quem pode votar, quem sabe o que significa todas aquelas siglas, quem ocupa cargo tal e outras posturas); continuamos contra hegemônicos à lógica dos Congressos (onde só participa quem pode pagar valores absurdos de inscrições e estudante é categoria de segunda classe); bem como somos contra hegemônicos à criminalização dos movimentos sociais. Ressaltamos, ainda, que vivemos em um Estado de democracia representativa e lutamos por participação social. Vivemos em um Estado que, muitas vezes, negligencia as demandas de gênero, raça, classe, escolaridade, etc; e problematizamos as opressões. Iremos exercer uma profissão cuja formação, por vezes, também negligencia demandas como essas, entretanto as evidenciamos. Entendemos o EREP, portanto, como forma de proporcionar espaços de discussão para que possam haver sensibilização das pessoas e da sociedade.  Lutamos por uma visão crítica de cidadãs e cidadãos, estudantes de psicologia e futuros profissionais. Tentamos, na medida das nossas possibilidades, que nossas inquietações não se findem ao término do último dia do EREP. Que o ocorrido no encontro vire movimento, que transpasse as barreiras do imobilismo estudantil, que vire desassossego nos cursos de Psicologia do Norte-Nordeste e do Brasil. Para tanto, contamos com a sensibilização dos estudantes e nem sempre conseguimos ou nem temos noção de onde vai parar o EREP pelo país e (quem sabe) pelo mundo.

NOSSO ENCONTRO É POLÍTICO, ACADÊMICO, CULTURAL E VIVENCIAL

 Entendemos que nossa concepção de política é bastante ampliada. Nesse sentido, tanto podemos compreendê-la como grupo partidário, campanha, eleição... mas não é sobre isso que estamos querendo nos referir quando dizemos que o EREP é um encontro político. Acreditamos que a política está no nosso dia-a-dia, nas nossas escolhas e posicionamentos diante de nossas realidades sociais, culturais, econômicas, mas também diante de nossas conversas com amigos, vizinhos, familiares; quando estamos fazendo movimento estudantil. Quando pensamos em organizar um encontro, buscamos, dentre outras coisas, movimentar estudantes de psicologia do Norte e Nordeste, assim estamos fazendo política e fazemos Movimento Estudantil.

Já o caráter acadêmico do EREP proporciona um espaço de troca de conteúdos acadêmicos entre estudantes, sobre as produções que fazemos, cada um em sua universidade do Norte e Nordeste. Existe um espaço formal e instituído para essa troca, que hoje chamamos de “dialogando experiências”. Entendemos, contudo, que essas trocas acontecem durante todo o encontro, nos mais diversos espaços, que vão desde as ‘mesas redondas’, até as filas do refeitório. Isso quer dizer que a gente dá vazão e acolhe sim essas “demandas da academia”. Afinal, é dessa perspectiva que nós partimos, muitas vezes, para falar sobre as coisas que acontecem ao nosso redor.

E.. sendo o EREP um encontro que agrega estudantes de diferentes localidades, faculdades, estados e até de diferentes regiões, por que não trocarmos cultura? E então, acontece uma troca de culturas muito forte entre a gente ao longo desse processo chamado EREP, que culmina com os quatro dias de encontro.  Além de conhecer, claro, as realidades e costumes do estado que nos acolhe durante o evento. Existem ainda os espaços reservados na programação como as ‘atividades culturais’ e os outros espaços formais, ou não, em que são proporcionadas trocas de culturas locais.

Existe ainda um caráter vivencial ao qual nos propomos. Nos espaços programados de discussão sempre são estimuladas e priorizadas atividades em que erepianas e erepianos possam vivenciar o debate não apenas através de discursos de outros ou de textos como ‘verdades prontas e acabadas’. O que se busca é uma implicação de cada participante nas discussões trazidas no encontro, para que cada uma e cada um possa viver a problemática e construir opiniões, posicionamentos e escolhas com as outras e os outros participantes do encontro. Vivenciar, para a gente, é sair um pouquinho de nós mesmos e nos compartilharmos para os outros que estão ali, em nossa volta. Esse empréstimo demanda da gente disponibilidade para expor pensamentos, sentimentos, reflexões, impressões... 

Todas essas características se complementam e dizem muito do que esse encontro se propõe a ser. Nenhuma destas excluem nem mesmo sobrepõe-se uma a outra; perpassam todos os espaços do encontro. 

EREP N/NE: feito PARA ESTUDANTE, DE ESTUDANTE, COM ESTUDANTE...

Dizemos que o EREP é feito para estudante, de estudante, com estudante... mas, para que isso aconteça se faz necessária a participação de cada uma(um) na construção dos espaços, já que, ainda que hajam espaços programados e propostos por um grupo, eles não aconteceriam sem a participação e contribuição de cada uma(um).

Além do mais, este grupo que propõe, que hoje se denomina COEREP; é formado por nós, estudantes de psicologia do Norte e Nordeste, que querem e acreditam no Encontro. Ou seja, qualquer estudante que tenha interesse pode participar mais de perto e ativamente da construção do nosso EREP N/NE, afinal, o “EREP é Nosso!” e será cada vez mais, quando novas pessoas, com novas idéias, pensamentos e ideologias juntarem-se. Portanto, o EREP N/NE é um encontro que é feito por estudantes, com estudantes, para estudantes. Construir o encontro é também participar dele, tal qual participar é também construí-lo.

A princípio, temos a dizer que nos propomos a fazer um trabalho antiburocrático, no sentido de não nos perdermos em trâmites burocráticos e estarmos próximos de todo e qualquer estudante que queira se aproximar da organização do encontro. Sabemos de algumas limitações nesse sentido, mas trabalhamos no sentido de funcionar através da autogestão. Mas então, o que seria isso?

AUTOGESTÃO

E para aquelas pessoas que participam do encontro, durante seus quatro dias, existem também responsabilidades sobre ele. Nesse sentido, todas (os) os participantes organizam e são responsáveis pela realização do encontro. 

No EREP nós denominamos de auto-gestão essa co-responsabilização pelo encontro, e ela pode se dar de várias formas.  Não há regra estabelecida e nem se trata apenas de atividades a serem realizadas pelos participantes do Encontro em conjunto com a Coerep (e é importante que não haja essa separação), mas também se trata de uma forma de experimentar esse tipo de organização e pensar o nosso cotidiano fora desses quatro dias. As informações sobre o funcionamento do encontro, uma vez compartilhadas, são uma ponte para que grupos de estudantes se responsabilizem ao longo dos dias. Varrer o chão de salas que serão utilizadas, ajudar a organizar a fila das refeições, levar os materiais dos espaços de discussão para as salas em que eles ocorrerão, carregar garrafão de água... e assim refletir e gerar questionamentos. A lógica da auto-gestão vai no sentido oposto ao que estamos acostumadas e acostumados a ver por aí, em outros eventos, em que se paga por um serviço e se exige que ele seja bem prestado. O EREP sai dessa lógica mercadológica em que patrões e serventes estão claramente estabelecidos, por intermédio do dinheiro, uma vez que todas e todos somos responsáveis pela manutenção dos espaços físicos do encontro e por seus espaços de diálogos e afetos.

AMOROSIDADE

O amor do qual falamos é aquele que nos deixa sensível para não fecharmos os olhos aos tempos de guerra e cólera que vivemos. Essa postura assumida transpõe os idealismos românticos que docilizam os corpos, dessa forma, o compreendemos como posicionamento ético-político, que tem as vidas (humanas e não humanas) como centro. 

Afirmar o amor no movimento estudantil e nas próprias instituições de ensino superior de que fazemos parte é pensar a formação integralmente: pensamento-afetividade-ação.

Para nós, a realidade é a história, e a história é hoje. É preciso, hoje, viver o amor sem ilusões. E, além disso reconhecer a história sem fatalismos, pois a recusa deste nos permite esperançar. A memória e a compreensão dos tempos passados e correntes nos permitem almejar e construir os tempos e espaços outros (heterocronias/ heterotopias) que virão.

NOS ENCONTRAMOS DURANTE TODO O ANO

Quando falamos de COEREP, estamos nos referindo ao grupo que durante um ano inteiro reflete e trabalha para que o EREP N/NE aconteça. Esse grupo se divide em comissões de acordo com as nossas necessidades, atualmente são sete: sistematização, acadêmico–política, saúde, comunicação, artístico-cultural, finanças e estrutura.  Essas podem mudar dependendo das necessidades e devem se articular durante todo o ano de preparação e essa é mais uma característica constitutiva do nosso coletivo. 

Esse coletivo tem como princípio fazer as informações circularem e se tornarem acessíveis a quem se interessar, para isso temos uma lista de e-mail[1]. Nos encontramos com uma freqüência que varia entre semanas, em Reuniões Virtuais - encontros via ‘facebook’ em que discutimos as pautas emergentes no momento; e quatro vezes por ano nos encontramos em reuniões: 3 presenciais e 1 encontro. Esses acontecem : (1º) meses após o EREP, quando avaliamos o encontro e fechamos o caixa; (2º) entre o início e o meio do ano, quando reconhecemos o local SEDE e fazemos o nosso planejamento para todo o ano; (3º) um mês antes do encontro, no local onde o encontro será sediado, pois temos o propósito de nos apropriarmos do espaço físico e ainda finalizar as tarefas, na medida do possível; e por fim, (4°) no próprio período do EREP. Temos tentado, em nossas reuniões de articulação, discutir temas de formação política e surgem debates bem interessantes que, por vezes, desdobram-se no EREP. É bem verdade que a urgência dos assuntos organizativos do encontro tomam bastante tempo nesses espaços de construção, mas não podemos perder de vista e temos que trabalhar para que as discussões sobre temas emergentes na sociedade não se percam nesses nosso encontros.

NÃO PODEMOS ESQUECER QUE É PRECISO RENOVAR

Outra coisa muito importante de lembrar é da constante auto-avaliação. A cada nova tarefa, a cada novo momento, a cada novo ano precisamos repensar as nossas práticas. Não queremos que o nosso trabalho se torne mecanizado e/ou sem propósito. O que estamos fazendo? Como estamos fazendo? e Por que estamos fazendo o EREP? São típicos questionamentos que não podemos deixar de lado.

O EREP já tem feito parte da agenda de estudantes de psicologia de ambas as regiões. Cada (re)encontro é um tempo de entrega, um tempo de se abrir às possibilidades de articulação política e cultural – indissociáveis na verdade – de uma forma crítica e prazerosa,  mas a gente precisa se renovar. A cada ano, pessoas que estavam no movimento em outros anos se despedem; a cada ano pessoas novas se aproximam com vontade de construir e contribuir com o movimento, do jeito que pode.

Essa relativa rotatividade tem sido muito positiva nesses anos de EREP. A oxigenação de idéias, de objetivos, de ideais é importante para a gente. Nosso movimento, nossa forma de nos movimentarmos não se mostra estática. Então, um dos mais importantes princípios nossos é renovar...

Porém, a dinâmica para a roda girar nem sempre segue o mesmo compasso - os fluxos de pessoas entr(ando) nem sempre estão em sintonia com os fluxos de pessoas sa(indo). O conflito do coletivo diante do medo da renovação, por nem sempre equilibrar o ritmo da roda, nos faz perguntarmos sobre a necessidade do continuar caminhando (em qual ritmo estamos?).

O ritmo que faz essa roda girar, em muitos momentos, desafiam a nossa dança, nos levando a cada ano (re)construir nossos movimentos. Pois, como anteriormente foi dito, somos movimento! E enquanto enxergarmos potência nessa metamorfose constante, continuaremos dançando!!!  

10 ANOS DE COEREP N Ne: POR QUE CONTINUAR?

Há 10 anos caminh(ando), nosso saber-fazer é um processo constituído pela auto-avaliação, como elemento motor para buscar o renovar, e isso nos coloca diante de alguns pontos reflexivos: como estamos caminhando? Que caminhar estamos instigando? Por quais caminhos temos andado?

A aposta no EREP como espaço formativo e de potência, possibilita reafirmarmos nosso caminhar. Um caminhar que dialogue com a pluralidade da Psicologia e que nos coloque diante do paradigma da complexidade; a dinamicidade como ferramenta de seguirmos por caminhos surgentes, por vezes caminhos já caminhados, porém, não perdendo de vista nosso acreditar na inventividade. Na presencial de Maceió-AL, abril/2015, discutimos que as dificuldades foram, e continuam sendo diversas, desde a articulação entre os estados à sensibilização de pessoas dispostas a construírem este encontrar; vestimo-nos com uma postura de resistência a fim de construir uma nova forma de fazer psicologia. Desse modo, ressaltamos que assumimos um lugar contra-hegemônico, por não acreditar na neutralidade acadêmico-político historicamente marcada pelo posicionamento da Psicologia. Acreditamos no encontro como um divisor de águas na nossa formação, pelo encontro com si e com o outro e pela quebra de paradigmas que ele proporciona, de forma intensa e vivencial.

Somos estudantes de psicologia do norte-nordeste, que apesar de suas particularidades, nos encontramos em meio a tudo isso que aqui foi construído e reconstruído por várias mãos. Mãos essas com intuito e disposição para fazer os estudantes se debruçarem em seus próprios questionamentos, mãos que se mobilizam para o cuidado e o olhar mais sensível diante dos profissionais que seremos. Assim, nos propomos a ocupar as universidades, e outros espaços que nos recebem, com a amorosidade de que falamos, dialogando com esses lugares, construindo novas possibilidades de sociedade.

Nós não buscamos a utopia, pois essa não atinge todas as nossas realidades. Nos fazemos navegadores das heterotopias, buscando sempre novos horizontes, que não se fazem como um fim, mas meios para se continuar navegando...

 

 



[1]              EREPNONE@YAHOOGRUPOS.COM.BR